segunda-feira, março 21, 2005

 

Eu tou tão horrorizada com minha reação diante dos fatos.. o jeito q eu tou por saber q vou estar longe de minha irmã.. dói tanto temer por um futuro incerto.. achar que quando ela se for vc vai ficar completamente só.. e q os poucos amigos q te restaram.. não aqueles q tentam se dividir e no final n dão a minima pra vc.. nem se lembram do q vc passou e tão mais interessados no q é mais divertido... sim, estes poucos que te restaram, como fundamentalmente seus, também se vão..
Porque ninguém quer ter o lixo que eu sou como amiga.. e ninguem trocaria "gandhi" por um saco.
Mas ela nunca faria isso... e essa certeza é que traz tudo akilo, não só.. ah sei lá!
Eu tou me sentindo só...
Eu tenho me agarrado tanto a uma pessoa.. q eu já vejo q em breve ela vai acabar saindo de minha vida também..
A qualquer momento eu vou desmoronar.

Jessyca murmura 1:47 PM

domingo, março 20, 2005

 

A imagem desfigurada,

num filme em preto e branco,

está embaçada, triste,

a cadeira vazia, habitat de ar,

ao meu lado só há esperança...

e te espero,

...e espero,

e o tempo que não passa é carrasco da mais profunda angústia.

.

Expectador de duas vidas,

roteiro de um amor,

sem seqüência, sem tempo, sem cor.

.

Não se engole temores,

vômita-os como bêbados,

chora por pura dúvida,

treme por puro calor.

.

Acreditar que tudo vai ser bom;

não me cabe estar feliz por obrigação,

não posso ficar triste por um não,

...eu te amo...

e não posso te perder assim.

Mas não tem perdas,

só meu medo..

cela de mim.

Jessyca murmura 10:55 PM

sábado, março 19, 2005

 

Acima de tudo,

quem não quer ser superior,

o que não corta, nem afaga,

não cura mágoas,

resquícios de outra vida,

etérea, intensa.

_
E as coisas continuam,

mal mudam,

mal passam,

mas segue a correnteza,

de barco sem remos ou velas,

de ardor, sem chagas ou furor.

_
Num fim de imediato retorno,

do coração se faz adorno;

e o antigo sonho que se desfez,

é fênix que das cinzas retorna,

e de uma normalidade estranha,

o contorno se torna forte,

e agora é droga,

que fecha, enclausura e entorta.

.

Essa.. não pertence a mim. Talvez nada dela... apesar de tê-la escrito.

Jessyca murmura 12:07 AM

terça-feira, março 08, 2005

 

Ensaio sobre o amor...

A carta não escrita

.

Desde aquele dia, amaldiçoado seja aquele que me fez acreditar no In.

O fim que chegou arrancando cada pedaço de meu corpo e

levou junto com toda aquela sujeira que jogaram no mar; é, assim acaba.

Difícil é se conformar que você não é mais meu; acreditar que cada jura não passou de bobagens..

Uma vez, sonhei que nos separávamos,

a estação era muito grande,

tudo parecia tão confuso

e hoje eu não me lembro se era eu que me afastava de você,

ou você de mim;

a mão escorregava pelo vidro

marcando meu caminho,

desenhando com meu eu todo desejo, remorso e dor.

Eu temo não ter dito o que deveria,

temo que agora seja tarde demais para dizer.

Na mesma noite, acordei de madrugada,

uma como a de hoje,

e a chuva que caía não acalentava sonhos,

somente a insegurança de quem não tem;

mas não durou muito até eu perceber que você estava ao meu lado,

e que acordaria assim que sentisse o quanto eu te queria.

Não me lembro quando que aprendemos a nos entender com gestos e olhares,

nem sei se deveríamos ter chegado a este ponto;

pois hoje, a distância que nos separa me arranca qualquer arma,

e só me deixa com a mais inútil das coisas..

as palavras.

J. Madson

Jessyca murmura 2:36 AM

 

Mais uma vez a droga da insônia.. um dia acaba.. eu sei.. vim escrever para ver se consigo dormir.

Jessyca murmura 2:32 AM

terça-feira, março 01, 2005

 

Eu abraço meu corpo, é tudo um não.
Um vão profundo de pura solidão,
é eco e som,
cor sem cor,
mar sem ar,
mistura de dor.
Nunca acaba, nunca...


.....................


Um lago profundo de imersas lembranças,
a melancolia que ronda o ar,
o cheiro dos sorrisos,
a cor dos abraços..
Tudo escrito em folha amarela à caneta preta.


......................


Tic Tac..
O bipa o relógio,
o silêncio que preenche é mais que suficiente para as longas conversas,
o olhar que sempre diz,
o sorriso que acaricia,
não encontro outro,
só há um...


.....................


Tem dia que não sentimos a distância,
tem dias que o canto do quarto é suficiente,
o oi de um amigo carente;
a sorte de pessoas próximas.
Nada, nada é ruim,
obrigada, aos meus dois.
Sempre obrigada.


....................


Risos que preenchem qualquer lugar,
infinitos, infinitos..
Sempre aqui,
embora não enchergasse,
eu fui cega.. eu sou..
Mas nada se apaga,
seja nanquim, ou lápis.


....................


Mãos! mais e mais..
Braços que nunca acabam,
erguia um por um,
sempre ali..
Não é só lembrança é presente,
fios, livros, conhecimentos..
Ta tudo aqui.. tudo..


....................


Bendito o dia...
ainda não sou muita coisa,
provavelmente nem serei..
mas você me leva para longe,
me tira de mim,
e me abraça.
Eu sou amiga de Nietzche...


"Para ser muita coisa, é preciso despregar os olhos de si mesmo."


....................


Shh... silêncio..
Escuta meu coração bater?
Entende o que ele te diz?
Não há palavras,
não há meios..
talvez gestos..
e eu sou toda pele e calor.
Você?
é sempre mais...


....................


Noites e noites,
burburinhos no escuro;
segredos e lágrimas compartilhados.
Tempo e distância as vezes vencem,
a luta nem sempre dá resultados.
Não é só de vitórias que se vive o homem,
mas é uma pena,
muito grande..
muito.. o que se perdeu.


...................


Escrevi em outro lugar; mas faço questão de colocar todos aqui.

Jessyca murmura 12:23 PM